Evidenciado na mídia como um grande mentiroso, Donald Trump saiu vitorioso em suas promessas insanas. Resta-nos observar se ele as cumprirá conforme anunciou.
Estava a assistir programa da TV Justiça, em que Carlos Eduardo Cunha entrevistava a dois pensadores de relações internacionais, doutores, um deles, inclusive, Joanisval Gonçalves que foi um dos conteudistas no Curso ILB do Senado Federal, Relações Internacionais: teoria e história.
Nessa entrevista, abordavam o tema Donald Trump e as impressões que ficaram sobre o mesmo. Fizeram um paralelo com Ronald Reagan e concluíram que, em praticamente nada, são compatíveis.
Ocorre que, o "outsider" Trump é um desconhecido da política, ninguém consegue decifrar o que realmente fará. Se expulsará, de fato, milhões de imigrantes ilegais latinos dos EUA. Não se sabe nada acerca de sua abordagem quanto aos muçulmanos, se ele fará o que prometeu ou se selará a paz com a Rússia, cessando com a guerra no Oriente.
As forças profundas das relações internacionais, nos tempos atuais, estão muito mais conectadas aos termos midiáticos do que a frivolidades de uma mente sociopata que promete "governar para os americanos, todos eles".
Trump cunhou sua política baseada na semelhança com o povo americano excluído, haja vista ser ele um "outsider", um estranho na política, muitos se identificaram com isso.
Na verdade, é um magnata mentiroso que utilizou de meios ardilosos para enganar a população norte-americana, fragilizada pela grave crise econômica mundial deflagrada em 2008 e que persiste em grande parte do território americano.
Poderia tal líder convalidar sua campanha, convertendo os EUA num país que privilegia o ostracismo, a discriminação religiosa e o racismo?
Entendo que, com base nos ensinamento de Bárbara W. Tuchman, a insensatez humana sobreleva o nível racional, desprezando-o, alcançando a insanidade e a estupidez, algo caótico para o que queremos hoje.
"Por que os homens com poder de decisão política tão frequentemente agem de forma contrária àquela apontada pela razão e que os próprios interesses em jogo sugerem? Por que o processo mental da inteligência, também frequentemente, parece não funcionar?" (TUCHMAN, Bárbara Wertheim. A marcha da insensatez: de Tróia ao Vietnã. Tradução Carlos de Oliveira Gomes. 4° edição. Rio de Janeiro: José Olympio/Bibliex editora, 1996, p. 4).
Nesse passo, segue a política do "outsider" norte-americano, por enquanto sinalizada, caso não modifique seus posicionamentos, a da insensatez humana a qual repudia a razão que "dirige os negócios do mundo", em posição contraproducente, abraçada a "(...) fragilidades humanas não-racionais - ambição, ansiedade, busca de posição social, preponderância das aparências, ilusões, auto-ilusões, preconceitos firmados". (Idem, p. 386).
Dito isto, os fins justificariam os meios? Absolutamente, não. Penso que a legitimidade de um governo é mais importante do que justificar o injustificável. Mentir e faltar com virtudes proclamadas universalmente apenas reforçam a um "sistema em que o dinheiro e a ambição grosseira" ocupam lugar de destaque, desprezando o bem comum almejado pelo Estado. (Idem, p. 393).
Dito isto, os fins justificariam os meios? Absolutamente, não. Penso que a legitimidade de um governo é mais importante do que justificar o injustificável. Mentir e faltar com virtudes proclamadas universalmente apenas reforçam a um "sistema em que o dinheiro e a ambição grosseira" ocupam lugar de destaque, desprezando o bem comum almejado pelo Estado. (Idem, p. 393).
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