terça-feira, 19 de abril de 2016

MARXISMO SINCRÉTICO, QUAL A FINALIDADE DOS COMUNISTAS?

Como dito e repisado por várias fontes que pesquisam sobre o assunto, o comunismo tem a ambição de conquistar o Globo Terrestre, no sentido de finalizar com o sistema capitalista. 

O marxismo sincrético é mais uma roupagem comunista, como o científico ou fabiano. Ocorre que aquele (o sincrético) se utiliza das crenças, dos mitos e do folclore de povos primitivos, para fazer prevalecer a sua ideologia, porquanto se compaginaria com o sistema de crenças de comunidades ou povos específicos.

"Os marxismos sincréticos do Terceiro Mundo variam segundo a população em que pretendem se estabelecer e segundo a relação dominador/dominado que tomam como pivô da ação revolucionária violenta." (RUFIN, Jean-Christophe. O Império e os Novos Bárbaros. Tradução André Amado. 3ª ed. Rio de Janeiro: Bibliex, 1996, p. 92).

Assim, o marxismo sincrético seria uma junção de ideologias, um "Frankenstein" de ideias postas a funcionar de maneria a incorporar pensamentos já presentes em um povo como uma espécie de "marxismo regional" ou localizado, caracterizando um declínio e uma aparição, como anota Rufin:

"Por trás da incoerência das ideologias do Sul, percebe-se o esboço de uma ordem caracterizada por um declínio e uma aparição. O declínio é o dos movimentos marxistas do tipo clássico - proletários científicos, internacionalistas. Eles subsistem em países como o Brasil ou o Chile, onde há uma estrutura de classe relativamente diferenciada e onde a ausência de experiência socialista anterior, ou de seu mártir, mantém intacto o crédito desse tipo de solução."(Idem).

As Ideologias de ruptura que se caracterizam nesses países terceiro mundistas, por ocasião mesmo de o "Arquipélago da Miséria" ser marcado pelas figuras do dominador/dominado, culminando na 

"(...) cultura dos pobres, que são a exaltação da violência e o esforço desses indivíduos dependentes para 'tentar utilizar e integrar os restos de crenças e costumes de origens diversas'(...) As ideologias de ruptura diferenciam-se enormemente em sua expressão, segundo a predominância religiosa, política, ética ou nacionalista. Mas o que as unifica é uma ruptura comum com os 'ideais greco-latinos'" (Ibidem, p. 93).

Destarte, os países do Sul, do denominado "Arquipélago da Miséria" por Rufin, compaginam o seu sincretismo marxista com o desejo de romper com os do Norte a quem julgam ser, nesse maniqueísmo, o dominador, escravizador. Pretendem a descolonização e ser a oposição às ideologias trazidas por estes países.     

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