quinta-feira, 8 de maio de 2014

COMPARAÇÕES LEVIANAS!

Quem nunca passou por essa situação: ser comparado com os outros? Isso muitas vezes se estabelece na forma de submissão ao poder que um ostenta, para fazer com que o outro, com quem interage, se sinta mal, desprezado e humilhado (na maioria das vezes isso acontece no seio familiar onde as relações são mais estreitas e permitem com que os doentes que fazem as comparações estabeleçam esse "pacto da mediocridade" humilhante e desprezível). As comparações levianas desenvolvem a tônica das doenças da psiquê.

Assim se desenrolam as relações bestiais, onde o que é tomado para ser comparado é entregue de bandeja ao seu algoz, para que haja um sentimento de submissão, de "estar por baixo". Muitos fazem esse jogo, realizam esse desejo de submeter o outro a uma tortura psicológica, na doença da "comparatite", uma profunda insensatez (des)humana, posto o que compara nega o outro (Roberto T. Shinyashiki).

Comparar só é positivo se for para fazer com que aquele que interage num diálogo cresça e se desenvolva, mas quando a comparação é usada como sinônimo de humilhação e desprezo, perceptível a observação de que há uma relação de poder abusiva e malévola. 

É muito fácil apontar o dedo e indicar falhas, faltas e erros dos outros, julgando-os, jogar com os seus sentimentos como se fossem fantoches. Isso sim é sinal de doença do que apregoa a comparação desarrazoada e leviana.

Cediço que as pessoas são diferentes, são únicas. Comparações podem levar aos sentimentos mais primitivos por parte das que são anuladas pelas outras quando comparadas, como a inveja, ódio, mágoa, ira, rancor e etc.

Não é bom que se compare pessoas diferentes ou concorrentes que estão a distâncias abissais em suas carreiras ou vidas. Cada qual com seu estilo, personalidade e atividade profissional, isso merece ser respeitado. 

Não há que se comparar seres humanos muito diferentes em seu modus vivendi, posto que a leviandade é tamanha e pode levar a consequências drásticas como inimizades e, em alguns casos, o desenvolvimento da depressão pelo que é comparado. 

Este, encontrando-se em franco declínio nas relações socias e naquelas que se desenvolvem no imaginário do que julga ou que submete ao julgamento de "ser superior" à vítima da comparação ou à alusão daquele que compara esta a outra pessoa (paradigma), posto que, da comparação entre ambos, o "modelo" sempre está em ascensão. Isso é doentio!

Aquele que se utiliza de sua posição social, de sua autoridade, para exercer essa atividade insana deveria prestar a atenção para que a sua humanidade não seja esquecida, nesse jogo leviano de vaidades, nessa "fogueira de vaidades" que é lançada até mesmo em redes sociais como diversas vezes ocorre no "Facebook", posto que há um narcisismo e um ostracismo social bem fortes nesses meios midiáticos que engrandecem a imagem das pessoas, ludibriando o verdadeiro sentido daquela ferramenta que é conectar amigos, mas que está a ser utilizada como forma de propagar o ódio narcisista que ocupa o imaginário do doente que sofre da "comparatite aguda" e afeta o seu "próximo".

Lamento que assim seja, porque a comparação entre "pares" nesse meio não se faz adrede com o normal, mas evidencia essa relação de poder virtual doentia e, pior, promove o ostracismo intelectual e social. 

Porquanto, há um esquecimento da humanidade. Esquecem que há pessoas com sentimentos e que detestam a comparação, por ocasião de vidas tão distintas, caminhos tão diferentes que foram tracejados, desenvolvidos e também porque o "pódium", o primeiro lugar, nunca foi tão valorizado. 

Aquele que não obteve o sucesso almejado, se sente um fracassado por estar numa posição inferior, evidenciando a relação de poder bestial, uma forma de ostracismo diferente delineado pelas redes sociais, inclusive. 

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