sexta-feira, 14 de julho de 2017

A Revolução Gramsciana e os Impactos da Nova Era no Pensamento Ocidental!

Estou a ler interessante livro de um grande filósofo, Olavo de Carvalho: "CARVALHO, Olavo de. A Nova Era e a revolução Cultural: Fritjof Capra & Antônio Gramsci. 4ª edição, revista e muito ampliada. São Paulo: Vide Editorial, 2014".

Olavo de Carvalho discorre acerca do projeto orquestrado pela esquerda comunista, que abeberou-se das fontes de Antônio Gramsci, com o fim de introduzir uma revolução cultural. 

A teoria é que o comunismo implantado no nosso país seguiu de modo imperceptível e aos poucos foi ganhando a simpatia popular. Sequer podendo ser questionado por ocasião de ser mais palatável ao povo, foi inculcado pela midia que conhecemos.

"Gramsci concebeu uma dessas ideias engenhosas, que só ocorrem aos homens de ação quando a impossibilidade de agir os compele a meditações profundas: amestrar o povo para o socialismo antes de fazer a revolução. Fazer com que todos pensassem, sentissem e agissem como membros de um Estado comunista enquanto ainda vivendo num quadro externo capitalista. Assim, quando viesse o comunismo, as resistências possíveis já estariam neutralizadas de antemão e todo mundo aceitaria o novo regime com a maior naturalidade". (CARVALHO, Olavo de. A Nova Era e a revolução Cultural: Fritjof Capra & Antônio Gramsci. 4ª edição, revista e muito ampliada. São Paulo: Vide Editorial, 2014, p. 57).

Destarte, o projeto comunista de poder se assentaria em uma hegemonia cultural absoluta, porquanto incontestável para os que sofreram a lavagem cerebral engendrada pela sua ideologia, bem similar às propagandas nazistas desenvolvidas por Joseph Goebels em desfavor dos judeus e da supremacia ariana. "Uma mentira contada diversas vezes torna-se verdade"!?

"A hegemonia é o domínio psicológico sobre a multidão. A revolução leninista tomava o poder para estabelecer a hegemonia. O gramscismo conquista a hegemonia para ser levado ao poder suavemente, imperceptivelmente" (Idem, p. 57).

Nada obstante ao Gramscismo ser um "gigante" projeto de poder encetado no cárcere por seu ideólogo, há semelhanças com as ideias de Fritjof Capra em seu livro "O Ponto de Mutação", porquanto ambas "são puras ficções":

são historicistas, ou seja a verdade pertence apenas ao momento histórico em que se situa. Importa apenas se é útil à ideologia, não se analisando a veracidade objetiva do que é posto, mesmo que não seja válido; 

o sujeito ativo em ambas as correntes de pensamento não é a consciência individual, mas coletiva. Para o gramscismo, os interesses do "Partido" é que possuem validade apenas, enquanto que os capristas defendem a "humanidade" (faz lembrar o discurso dos "direitos humanos" tomados para defender bandidos. A seguir será exposta a relação entre o Comando Vermelho e as ideologias comunistas);

"(...) ambas insistem menos em provar alguma tese do que em induzir uma 'mudança de percepção', uma virada repentina que faça as pessoas sentirem as coisas de modo diferente (...) não é a argumentação racional, mas uma adesão prévia, volitiva ou sentimental: o sujeito 'sente-se' de repente, como um todo, identificado com a Nova Era ou com a causa do proletariado, e em seguida passa a ver os detalhes de acordo com o novo quadro de referência."

São revoluções culturais na medida em que pretendem inserir uma nova mentalidade, desmentindo todas as demais formas de pensamento anteriores, na visão de "um novo tempo", uma "Nova Era", inaugurada na base de falácias. (Idem, p. 89-90)

"A dimensão 'tempo' é assim absolutizada, reinando sozinha num mundo de onde foi extirpado todo senso de permanência e de eternidade. Em Gramsci, a amputação é explícita; em Capra e na Nova Era em geral, implícita e disfarçada pela verborréia mística(...). O Cosmos de 'Capra' e a 'História' de Gramsci são campânulas de chumbo que prendem a imaginação humana num mundo pequeno, artificialmente engrandecido pela retórica."(Idem, p. 89-90)

O falso e o verdadeiro já não fazem muito sentido para ambas as correntes, tais conceitos foram substituídos pelo de "adequação ao nosso tempo", da "supra-consciência" holística de Capra ou do "intelectual coletivo" de Gramsci. esse intelectual, "orgânico", pois útil à ideologia do "Partido", um "idiota útil", melhor colocando. (Idem, p. 91)

Em ambas, procura-se dissolver a "autoconsciência reflexiva e crítica" e deprecia-se a consciência individual, negando-se a evidência intuitiva como base para julgar o que é verdade. Acusa-se que a intuição não é válida para se decodificar a veracidade de qualquer  coisa. Contudo, troca-se isso pelo misticismo intuitivo holístico ou pelo sentimento coletivo do Partido. (|Idem, p. 91-92)

A premissa ideológica por trás desses autores, Antônio Gramsci e Fritjof Capra, assenta-se um argumentações falaciosas e facilmente observáveis em seu interesse de modificar o pensamento secular, porquanto há uma distorção enorme nos tempos atuais acerca do que se tornou a nossa cultura e de como ela deveria ser.

Nada obstante observar o liame entre o crime organizado e a cultura apregoada pelos ideólogos comunistas guerrilheiros da revolução. O Comando Vermelho, como noticiado, no livro "Comando Vermelho. A História Secreta do Crime Organizado" de Carlos Amorim, "(...) nasceu da convivência entre criminosos comuns e ativistas políticos dentro do presídio da Ilha Grande, entre 1969 e 1978" (Idem, p. 98)

Nesse ambiente, "(...) os militantes de esquerda ensinaram aos bandidos as técnicas de guerrilha que eles viriam a usar em suas operações criminosas e os princípios de organização político-militar sobre os quais viria a estruturar-se o Comando Vermelho, bem como a fraseologia revolucionária com que o bando hoje glamuriza suas façanhas". (Idem, p. 98)

Destarte, o mundo ocidental vem sofrendo uma "lavagem cerebral" severa por essas formas de pensar. Uma "Nova Era" de um mundo novo, como o preconizado por George Orwell (1984). Uma vigilância incontida, com falácias ambientalistas (o aquecimento global é uma farsa?) e colocações disfarçadas de um "ideal coletivo", mas que apenas enriquecem os bolsos dos comunistas e falastrões dessa "nova era", como o Gramscismo  que contribuiu e muito na autenticidade desse projeto de poder subterrâneo e bem engendrado.  

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