sábado, 23 de maio de 2015

A Crise de 2015

Os tentáculos midiáticos influenciam de maneira relevante a maneira do nosso pensar e de como podemos nos conformar com o "adequado" jogo  da realidade, sem sermos atacados por nossas opiniões diversas. Somos basicamente moldados nessa formatação do consenso, sem crises, mas virtualizando-as, porque a crise é algo que nos é inerente. Isso, contudo, é bem ruim posto que favorece à formação de barreiras na mente, como o medo que pode ser destrutivo se não gerenciado. 

O Empicuros vaticinou a crise que aí está. A financeira dos cortes. Cortam as verbas, aumentam as contas, desemprego aumenta, prejudicam os que precisam e os mais desfavorecidos economicamente sofrem muito mais. Porém, ela já existe desde que o homem é homem através de seu embate com a sua própria existência, com a sua capacidade de subsistência. Deve, assim, ser gerenciada em seus diversos matizes de cores, mesmo que acinzentados, pois existir é melhor do que morrer, mesmo que na miséria!!! 

Gerir a existência não é tarefa fácil para ninguém, mas imaginar a morte é algo bem mais doloroso para os que ficam. Dizem que 6 (seis) pessoas sofrem com a perda de um ente querido. Não é apenas aquela pessoa que se foi, mas parte dessas seis vidas também se acaba nesse episódio terrível. Os que ficam sofrem mais.

Voltando à "vaca fria", a crise é melhor quando focalizada nesse prisma, o da morte. Porque quando a enfrentamos podemos pensar noutras saídas que antes não tínhamos em mente. Isso não significa que somos "acomodados" a ela, mas podemos enxergar algo que está além de nossa percepção. Em momentos de penúria, surge a criatividade e com ela algo de bom acontece. 

Oxalá essas crises que experimentamos tanto na economia quanto em nossa própria existência, no sentido de explicarmos o sentido para tudo isso e para nos conformarmos com o nosso eu, sejam combustíveis para alimentarmos o desejo de viver e de sermos felizes, buscando novas oportunidades além dos horizontes que se nos apresentam.

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