quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

"Mad Men" - Entendendo a Sociedade Atual!

"Mad Men" é uma série de televisão que retrata a vida dos anos 60 acerca de publicitários, em busca do "sonho americano". O cenário retrata a perspectiva de homens frustrados, alcoólatras, fumantes, traidores e com ambições gigantescas relativamente ao ramo da mentira da propaganda.

Vendem a imagem do "sucesso", do "empoderamento" feminino, da vaidade e do orgulho. Nada mais do que já vemos em nossa sociedade, onde as aparências sobrepujam à realidade só que num ritmo muito mais elevado. O parecer em detrimento do ser. Essa é a figura do carismático Donald Draper, um personagem açoitado pelo destino, filho de prostituta e de um alcoólatra.

Don Draper nas andanças e lances da vida, consegue emergir de sua realidade deprimente e constitui um "lar perfeito", com uma belíssima esposa, filhos lindos e uma casa de dar inveja. Draper é um bem-sucedido publicitário de uma famosa agência na Avenida Madison de Nova York.

Ocorre que nem tudo são flores na vida de Don, fantasmas de seu passado o assombram bem como os seus vícios em cigarros e bebidas. Ele é um alcoólatra, como boa parte de seus colegas. Também adere ao segmento dos traidores inveterados. Apesar da linda esposa que ostenta. Várias amantes e um tom fúnebre no rosto, entregam a depressão melancólica de que sofre.

A sociedade atual não se distancia daquela dos anos 60, a diferença é que os vícios são outros em nossos dias. Temos a internet, os smartphones e várias outras invenções de grande utilidade, mas que são utilizadas da forma errada. Alimentam ao vício das pessoas desiludidas com o mundo. Como a série quer mostrar. As aparências em detrimento do real. Não parece meio doentio isso?

Somos o que somos, não pela comparação, como diz Leandro Karnal, mas sim como afirma o próprio Deus que nos criou: "eu sou o que sou!"

Isso basta para que não alimentemos o mundo das aparências, das comparações desarrazoadas, dos desarranjos familiares, em que o divórcio impera sobre a instituição da família e os vícios são fontes para nos escondermos de nossos fracassos e frustrações.

Muitos nem sabem o porquê de fazerem o que fazem todos os dias. A infidelidade conjugal, a busca de uma "felicidade", como a dos comerciais de margarina, o hedonismo extremo, individualismo assoberbado, denotam uma crise de identidade do homem contemporâneo. Importa mesmo a questão da "felicidade" ou apenas estamos ficando mais frescos diante das realidades que se nos apresentam?

É possível dizer que quanto mais o homem se afasta do real, exaltando o dever ser em detrimento do ser, perdendo-se na ideologia da aparência masturbatória do nosso século, distante fica, também, da saúde mental por tantos almejada e por poucos alcançada!      

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