quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Pequenas Igrejas, Grandes Negócios!

Observa-se, nos dias que se passam, uma onda de acontecimentos catastróficos que estão a eclodir, por ocasião mesmo do grande contingente populacional e das mudanças climáticas, observadas em praticamente toda a face do globo terrestre.

Não obstante, há um apelo forte às religiões e à religiosidade, no sentido de tentar identificar, nesse cenário, um momento "apocalíptico" decorrente da "ira de Deus" para com os pecadores. 

Assim, as igrejas seriam o subterfúgio essencial, onde a "segurança eterna" residiria e albergaria a tantos quantos aceitassem a esse "sistema de crenças" (Discurso Religioso).

Ocorre, nesse passo, um aproveitamento por parte dos ditos "religiosos" acerca da exploração da fé alheia, através da "venda de indulgências", um lugar seguro no céu das oportunidades divinas!?

As pequenas igrejas formam assim grandes negócios, em que a oportunidade encontra a inocência, não a confiança. Enganar para angariar fortunas. Destarte são as igrejas neopentecostais, da Teologia da Prosperidade, que apregoam tal caminho, aquele por meio do qual é necessário doar o que se tem para ter o "tudo de deus" (Falácia). 

Quem seria esse deus? O deus da Bíblia? Qual Bíblia? Tantas e tantas traduções deste texto fantástico já não fazem mais sentido, na formatação da sociedade atual.

As interpretações deste livro parecem poluídas. Há sim um pensamento de que exploram a fé alheia, roubam-na do povo inocente que apenas quer saber um pouco mais como funciona o sistema religioso.

Porém, quando o pretenso cristão quer realmente se aprofundar no conteúdo do texto, adquirir o espírito da palavra ou ao menos ter contato com o mesmo, encara os ditos "pastores", ladrões da fé alheia, cães gulosos, sedentos pelo dinheiro e pelas facilidades que ele proporciona neste planeta.

A religião faz com que se crie um nó na cabeça dos que pretendem conhecer a Deus. Estes acabam por se afastar Dele, porque há uma aproximação bem mais profunda com as coisas do mundo material. As doações depositadas para os ditos "homens de deus" faz com que acreditemos que há um "estelionato religioso", em virtude das promessas. Promessas de "vida boa" neste planeta. 

Eles prometem coisas que serão cumpridas, asseveram que foi deus que prometeu (promessa de fato de terceiro? Onde exigir o cumprimento? Na Justiça Divina? Na Justiça Religiosa? Bullshit). 

Dizem: "você, meu amigo e minha amiga, quer a benção de deus? Então traga o seu dízimo e as ofertas. Porque assim diz a Bíblia. Se não der, você é ladrão. Tá lá em (Malaquias 3:10)".

O texto é bem decorado. Impossível contestar com base no livro que ele menciona. Ocorre que se você fizer uma interpretação teleológica do texto, verificará que Deus, se Ele de fato existe, não quer holocausto e sim a fé das pessoas. Quer que creiamos, não o nosso dinheiro que talvez e muitas vezes não temos.

Os ditos "pastores" neopentecostais afirmam que não, que o velho testamento veio para ser cumprido. Assim é porque a Bíblia é um livro cheio de contradições e interpretações que favorecem os mais variados métodos hermenêuticos. 

Defendo que não podemos acreditar em "pastores", muito menos nos neopentecostais, que voam em jatinhos, têm mansões, carros de luxo e etc. Estes são farizeus, mentirosos e cães gulosos da fé alheia. Donos de redes de televisão, empresários da fé. Estes tais já estão condenados. Se é que existe um inferno. Particularmente, não acredito que exista nada disso. Deus sim, é uma força viva, mas ele não duela com diabos e demônios, isso é criação de alguns dementes que quiseram colocar medo nas pessoas ignorantes, para que estas sigam o sistema religioso deles. 

Sou da posição de que a religião em si serve apenas para controlar as massas, apaziguar o gado, porquanto as diferenças gritantes entre as classes sociais ricas e pobres se acentuam a cada ano e os que estão em desfavor começam a reclamar e se injuriar contra o sistema secular  e "democrático" que observamos. 

Daí infiltram-se num "sistema alternativo", para se evadir daquele, como o das religiões para se sentirem mais "seguros" e menos "desamparados", pois o que vale é um "lugar no céu", não é mesmo? O homem vai morrer e não levará nada para o Além-Túmulo. 

Céu, inferno, mitos que jamais sairão da cabeça dos incautos. Se eles descobrissem como se faz um sistema de crenças e se inculca a mentira a todo custo em suas mentes, teriam nojo! 

Devemos sempre nos questionar acerca de certos métodos, interpretações e técnicas de persuasão, pois estamos a todo momento sendo manipulados por um ou por outro sistema.

Porém, na medida em questionamos, já passamos a fazer filosofia e podemos modificar o lugar em que vivemos e contagiar as pessoas com quem convivemos. É necessário refletir sobre em que se transformou a religiosidade e os sistemas religiosos nos nossos dias, para que possamos modificar esse cenário caótico em que os "canalhas da fé" têm mais voz na ágora do pensamento e, às vezes, são idolatrados, confundidos com pessoas "inteligentes" e "sábias", sendo que na verdade são psicopatas do nosso século. 

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Sociedade, uma fábrica de delinquentes!!!

A sociedade hodierna tornou-se numa fábrica de delinquentes, bandidos, racistas, preconceituosos e loucos de todos os gêneros. Pessoas incapazes de exercer qualquer tipo de autocrítica de seus atos, se estão agindo ou não adrede com a ética aceitável.

As notícias sobre Manaus e os esquartejamentos de presos, em rebelião de presídio, ainda chocam, mesmo que a poucos, mas é interessante notar o quanto a sociedade que se nos apresenta está decadente.

Não obstante à criminalidade imperante, podemos visualizar um ranço de ideias malditas em cabeças poluídas, refiro-me a todas as formas de preconceito, mas saliento que uma causa mais espanto, o preconceito contra obesos. Muito embora o racismo seja algo de causar ojeriza a qualquer pessoas normal, a obesidade é uma epidemia mundial, uma doença.

Uma doença tratada com um teor de preconceito incomum. Privar alguém de seu trabalho por estar obeso é algo inadmissível em uma "sociedade normal". O que seria ser "normal"? 

Ora, tratar de maneira igual ou minimamente igual pessoas diversas. 

Ocorre que, nos dias que passam, cada vez mais verificamos o preconceito (gordofobia) e a fabricação de delinquentes, tanto do lado dos agressores quanto das vítimas.

Uma sociedade desestruturada como a nossa não pode requerer "cidadãos normais". A doença está arraigada na alma desses tais.

A sugestão de quem escreve sobre a obesidade é: emagreça rápido o quanto antes para que você não seja excluído dessa sociedade.

Parem o mundo que quero descer! 

Olhem o argumento dessas pessoas! Vejam o quanto elas já aceitaram o inaceitável. Contra a sociedade não podemos nos opor, pois somos a parte e ela o todo. Sem os obesos a sociedade subsiste, mas não o inverso.

Será mesmo necessário se adequar a esses doentes que se nos apresentam como humanos? Que humanidade é essa que rejeita seus pares, por ocasião de sua "gordura" ou pela cor de sua pele? 

A humanidade já deveria ter aprendido que o preconceito é ruim, não ajuda a ninguém, nem ao obeso e nem a própria sociedade que fabrica delinquentes e loucos de todos os gêneros todos os dias.

A hipocrisia é tanta que os que falam contra o preconceito em detrimento dos obesos, sugerem que as vítimas emagreçam logo, que sejam sadios, driblem a doença como se fosse uma coisa fácil, como se não fosse algo muito, muito difícil, porque lutar contra essa doença é pra toda a vida. Já que lá estarão as células gordurosas, esperando para serem reativadas.

A lógica é a seguinte: não sendo possível vencê-los, junte-se a eles. Seja magro, seja "normal", porque ninguém gosta de anormais, não é mesmo?

O padrão é que merece atenção e quem não se enquadra, não se encaixa, excluído será, tanto do emprego quanto da sociedade.

O que restaria? O suicídio? A cirurgia bariátrica? Como inculcar a ideia de que, a própria sociedade está doente e é ela quem merece o atendimento psiquiátrico? Será que não há uma alma viva nesse mundo que não enxergue que o bom senso não está sendo observado, quando há qualquer tipo de preconceito? É necessário "desenhar"? Porque escrevendo esses boçais ainda não entenderam.

Boçal sim, quem diz que o obeso tem que se adequar está completamente equivocado. A sociedade tem que se adequar às diferenças. Isso se chama democracia! 

As pessoas enfermas merecem ser tratadas de maneira igual, sem discriminação e sem preconceito. A epidemia da obesidade é séria, mas eu jamais faria campanha para que o obeso emagrecesse se ele está bem assim e feliz.

Acontece que o preconceito e a discriminação é que merecem ser combatidos de forma veemente. A "gordofobia" precisa ser banida do seio dessa sociedade medíocre, doente e hipócrita.

Até quando veremos esses imbecis escreverem água sobre a obesidade ou sobre qualquer tipo de preconceito e ditarem regras? Até quando essa sociedade confeccionará esses doentes que acham "normal" discriminar qualquer pessoa, sob qualquer condição, sugerindo que resolvam o seu problema, o este se encontra enraizado na sociedade e não na vítima?