segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Concursos Públicos: Delírios Ilusórios, Atalhos ou Mania de Querer "se dar bem" sem Esforço?

Há muita polêmica nesse assunto. 

Seriam os concursos públicos atalhos? Delírios ilusórios de trapaça? Mania de querer "se dar bem", sem esforços, os quais estariam aquém do esperado e do justo (impacientes)?

Vamos aos fatos. 

Todos podemos visualizar nos concursos públicos uma gigantesca máquina de gerar empregos, uma "indústria" que é alimentada por sonhos de candidatos ávidos a conquistar o seu "lugar ao sol".

A indústria dos concursos vende "o sonho". Ela é fomentada por pessoas que apenas querem "se dar bem na vida" e procuram "pagar o preço". Sim, pagam caro por livros específicos para concurso "atualizados", cursinhos, dicas de "gurus" e etc. Há uma máfia do bem nesse sentido. Será mesmo que podemos enxergar algo de bom nessa alienação?

O fato é que vivemos num mundo referto de alienações. Um exemplo é a igreja ou as igrejas, suas diversas denominações e variegada gama de seitas espalhadas por esse Brasil, incentivam o mesmo ideal quando vendem as "indulgências modernas", um meio de se chegar ao paraíso, aqui mesmo na Terra. Alimentam sonhos porque a sociedade está desiludida, enfraquecida. Precisa desse ópio ilusório para não se afogar no mar do desespero.

Isso significa enganar? Trapacear? Querer "se dar bem" sem o esforço essencial à competência? 

Depende!

O contexto significa muito para o interlocutor em um debate de idéias. Para certas pessoas pode funcionar perfeitamente o fato de se buscar um sonho e o alcançar através do que estiver disponível no momento, sem ter que esperar ou mesmo lutar por isso. 

Sun Tzu ensina que "a suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar". Não consigo entender a trapaça nesse ponto. Todos temos maneiras e perspectivas diferentes de enxergar a realidade que se nos apresenta. A "sorte" ou o "azar" vão depender desse nosso ponto de vista que nos é bem peculiar. 

Há muitos que escrevem bobagens do tipo "concurso público é um atalho", é uma "forma de trapaça". Falta de paciência de estudar corretamente pelos autores que realmente têm "conhecimento", isto é, concurso público introduz pseudo-conhecimento.

Creio que há certa verdade nisso, mas também é verdade que essas são as "regras do jogo" (foi o Estado que inventou). Não é possível aferir conhecimento real em uma prova de concurso público. Os candidatos habilitados são os que mais "treinaram" e mais tiveram contato com aquele tipo de conhecimento que é virtual (mas o choro é livre para os que não passam, o que não vale é desmerecer o processo. Este é legítimo, todavia, não inatacável). 

O conhecimento é encontrado em doutrinadores que fornecem a fonte para tal. Não é possível dizer que uma pessoa, só pelo fato de ser concursada, sabe escrever e é portadora de conhecimentos suficientes para exercer tal ou qual cargo. O que é possível afirmar é que ela logrou êxito em decodificar as "regras do jogo", estudando muito ou não, possivelmente "se deu bem". Por que? Era o que queria?

Não importa! Cada pessoa segue o destino que mais lhe convém e lhe é atraente. 

Por vezo, seguimos caminhos muito tortuosos e que não queríamos, mas no fim, tudo pode acontecer totalmente diferente do que imaginávamos, para o bem ou mal ou vice-versa. 

O futuro é imprevisível! O valor do hoje, do "já", é o que tem mais sentido na formatação do nosso mundo veloz, de internet, de conexões banda larga, de alienação sem precedentes. Faz mais sentido ser da "geração 8112" do que da "geração CLT" (fascista), porquanto aquela, mais "moderninha", se encontra em compasso com a realidade vigente, do "atropelo", que seja! Somos isso hoje.

A volatilidade das situações demanda isso. O tempo também está passando super depressa, então não dá para ter "paciência". A busca pela "felicidade" é bem própria de cada qual, talvez nem saibamos o que essa palavra significa, apenas penso que todos queremos a "paz", mas não seria a guerra libertária de igual feita?

Fica o questionamento: concursos públicos são delírios ilusórios que se traduzem em atalhos demandados por quem tem mania de querer "se dar bem" antes do tempo certo, sem esforço?

A resposta, depende do que se pretende com os concursos. Atalhos são atrativos nas telas de nossos computadores, mas na vida real um atalho só significa que o caminho principal está bloqueado e precisamos de outra alternativa para chegarmos ao destino.

É o que penso!    


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

"Gordofobia", que desgraça é essa?

Estava procurando notícias na internet e assistia a um programa que retratava o problema acima mencionado, a "gordofobia", ou seja, ojeriza ao gordo! 

As pessoas de nossa sociedade estão doentes e não enxergam o outro como ser humano feito elas. A discriminação é a marca desse povo obcecado pela magreza, pelos padrões estéticos impostos à fórceps pelas mídias que frequentamos. 

Claro que a obesidade é uma doença. Óbvio que merece tratamento e requer que a combatamos, porém o preconceito é uma enfermidade muito mais séria. Uma chaga que pode piorar e se transformar em violência. 

Quando eu era menino, gordo, apanhava dos outros por isso. Sempre tive problemas com o peso, até a fase adulta, mas atualmente consegui resolver esse problema com atividades físicas e alimentação mais ou menos adequada. Todavia, não consigo acreditar que poderia estar sofrendo com a "gordofobia" se estivesse em outra situação, porque o problema da obesidade são as células gordurosas que não somem (não somos culpados por isso). Elas são reativadas quando as esquecemos e nos desligamos. 

Agora, o preconceito gera a violência! Se todos tiverem a tal "gordofobia" em seu repertório maldito de preconceitos, a violência será a marca dessa sociedade perturbada com a aparência. 

O que vale mais, a aparência física ou a capacidade produtiva? 

A crítica aqui fica por conta da falta de razoabilidade e bom senso desse povo hipócrita que frequenta academia e padece de uma doença que o está matando por dentro, o preconceito!