sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Casamento: uma armadilha traiçoeira!

As pessoas geralmente pensam em ter um casamento, filhos e uma "vida feliz", como se fosse possível ser feliz ao lado de outra pessoa diferente que não nos entende. Sabemos que a felicidade não é uma coisa impositiva que podemos tomar, como pílulas compradas em farmácias. Ela é algo que imaginamos ser a tal felicidade tão procurada e almejada. De fato, felicidade é uma escolha que fazemos, decidimos por ela e não pela tristeza.

O casamento é uma armadilha porque tende a fazer-nos crer que realmente seremos felizes por termos outra pessoa ao nosso lado. Ocorre, porém, que só estaremos assim se decidirmos por isso. Felicidade não existe, apenas momentos felizes, portanto não adianta jogar com a existência dessa forma. Como se ela dependesse de outra para subsistir nesse plano terreno.

A traição ao nosso eu se identifica quando damos importância altruísta a essa outra pessoa que nos acompanha na jornada do matrimônio. Amar-se é mais importante do que amar ao outro. Nesse ponto, o matrimônio constitui-se numa traiçoeira aventura que pode pôr fim a nossas vidas. Cremos falsamente que ele é uma coisa boa, mas é aparência.

Vivemos num mundo de aparências, porquanto parecer redundou em ser. Ocorre que não é bem assim. O pseudo, o falso, o "fake", traduz-se em um sentimento de falta, de desespero, de abandono e de tristeza. Por aí se vê que o laço nupcial pode significar uma maldição e não uma bênção, como querem nos fazer acreditar as religiões com aqueles dizeres que não é bom que o homem viva só. Contudo, está cada vez mais difícil encontrar pessoas que se comprometam com os votos matrimoniais de amar e respeitar, melhor que se viva só.

Em resumo, casamento não deveria ser almejado por ninguém. Nem objetivo deveria ser, mas consequência de um projeto de vida bem-sucedido e realmente feliz, em que não se privilegie o espetáculo da cerimônia religiosa, mas a vontade dos participantes dessa união. Tem de ser uma coisa meditada e analisada bem antecipadamente. Contudo, o que acontece é que muitos estão casados por mera conveniência, para criar os filhos que nasceram em épocas não desejadas, de maneira confusa, rápida e que, por essa razão, precisam de atenção para que não sejam relegados, esquecidos. Afinal, filho é para sempre, mas casamento acaba um dia.